MANOEL LINS
WANDERLEY , DEPUTADO PROVINCIAL, NA
PRIMEIRA LEGISLATURA, DE 1835 A 1837
Coronel Manoel Lins
Wanderley – nascido no dia 22 de março de 1804 foi deputado provincial, tomando
parte na instalação da Assembléia Provincial a 02 de fevereiro de 1835. Foi um
dos homens do passado que mais conquistou a simpatia da população do Assú, e de
quem o conheceu.
Espírito generoso,
criativo e empreendedor, Coronel Wanderley era de um caráter
que se salientava por sua imensa firmeza.
Pertencia à família
Wanderley desta cidade. Abraçou a carreira comercial, onde desenvolveu o seu
tino, mantendo um excelente estabelecimento comercial no pavimento térreo do
casarão (atual sobrado da Casa de Cultura Popular), onde morou e
depois residiram sua filha a Baronesa Belizaria e o Barão Felipe Néri.
Coronel Wanderley
fez notáveis melhoramentos nesta cidade, edificando vários prédios de feição
mais moderna, entre os quais se verifica até hoje, além de muitos outros, o
palacete citado.
Edificou também a
atual matriz da cidade (ampliação e reforma), para cujo trabalho despendeu ele
próprio com a maior parcela de capital e doou a imagem de São João
Batista.
Imortaliza-o na
história o fato de haver tomado parte como revolucionário contra Pinto
Madeira. Para enfrentar a “fera” armou 200 homens, solteiros e casados, e
partiram para o interior dos sertões do Ceará, com gastos por sua conta, em defesa
da Pátria.
Ao ter ciência da
sua ida, temendo sua tradição de valente, o inimigo içou a bandeira branca
pedindo paz, que lhe foi concedida na condição de dar a guerra por terminada, e
assim, o confronto foi encerrado.
Isto ocorreu em
1832, contando ele apenas 28 anos de idade e havendo há pouco se consorciado
com a Sra. Maria da Trindade Wanderley.
O regresso desses
patriotas teve uma feição muito festiva. A população preparou-lhe uma
manifestação toda espontânea. O grupo foi recepcionado pela população no Sítio
Poaçá.
Os voluntários
entraram na cidade a pé e abraçados com as suas famílias, por entre o jubilo
entusiástico da população. Ocorreu um banquete, à sombra de um frondoso
tamarineiro (árvore que existia no muro da casa do seu pai, onde atualmente
funciona a DIRED). Foi nessa ocasião que o povo, segundo uso da época, lhe
conferiu pelo voto a patente de Coronel, como gratidão aos seus beneméritos
feitos. (A. Fagundes; 37).
FONTE – BLOG ASSU NA PONTA DA LÍNGUA,
DE IVAN PINHEIRO BEZERRA